Depois de anos de desenvolvimento, os olhos biônicos criados pela Nano Retina já podem ser aplicados em pessoas com deficiências graves de visão. Chamados de Bio Retina, eles são compostos por sensores e lasers, e são capazes de enxergar em tons de cinza
uma resolução de 576 pixels.
A tecnologia Bio Retina se resume em um sensor que fica entre a luz captada pelos olhos e a retina. O implante destina-se a quem teve a retina danificada por doenças degenerativas ou pela diabetes. O sensor liga-se diretamente ao nervo ótico através de 576 eletrodos.Cada um desses eletrodos equivale a um pixel (resolução de 25 x 23) da imagem criada pelo sensor. Um pequeno processador decodifica a percepção dos eletrodos e converte as imagens em pulsos elétricos, que são transmitidos ao cérebro. No órgão, os sinais são Decodificados e entendidos como variações de tons de cinza.O sistema todo é eletrônico e precisa, claro, de eletricidade para continuar funcionando. O sistema é alimentado por um laser e por células fotovoltaicas, posicionadas no sensor que é instalado na retina. Ao contrário de colher luz do sol, as células recebem um continuo feixe de laser de lentes de contato, que acompanham todo o aparato. O laser é inofensivo e a célula produz apenas 3 miliwatts, suficientes para gerar as imagens de 576 pixels.Pode parecer que instalar toda essa parafernália no olho seja caro e demande uma cirurgia complicada. Na verdade, o preço da Bio Retina é de US$ 60 mil (aproximadamente R$ 120 mil) e pode ser colocada no olho de um paciente em cerca de meia hora, bastando uma anestesia local para isso. Os testes com humanos dessa tecnologia estão marcados para começar em 2013.